terça-feira, 8 de novembro de 2011

Voltei!

Sou sincera a ponto de dizer por que voltei. Porque recebi um contato de um grande site querendo me entrevistar! Uau. Ok, perdi a oportunidade já que vi só 3 meses depois.

E tem mais. Eu gosto de escrever, eu gosto do formato blog, eu continuo tenho mil pensamentos pervertidos e indizíveis, que eu aqui posso, trocando nomes e usando de metáforas e ironias.

Acho que estou mais velha, mais ácida e mal-humorada. Eu continuo sendo sincera, mas confesso que ultimamente tento guardar um pouco pra mim, porque descobri que a sinceridade pode ser relativa e machucar quem se gosta. Fora que é momentâneo, posso mudar de ideia a qualquer hora. *Odeio ideia sem acento.

Voltando, sinceramente com saudades disso aqui. Mudei o layout, mas não o logo, que eu adoro!!!! Espero que venham mais leitoras e leitores!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Pra dizer que a vida anda complicada e que crescer não é brinquedo. Mas acho que vocês ja devem saber disso. Só que acontece que quanto mais o tempo passa, mais a consciencia chama para o que realmente importa, e as molequices passam a fazer parte das boas histórias e o Mundo "adulto" se apodera de toda sua vida. Trabalho, planos de ter uma casa, carro, familia, pós graduação, creme antirrugas, check-ups, academia, ahhhhhhhhhhhhhhhhhh...

Que 2011 seja melhor, pq 2010 foi osso, pelo menos pra mim. Quero mais saude, paz, dinheiro, leveza..

Acho que esse blog será encerrado. Tem muito assunto que ja passou, muita poeira que ja foi limpa... acho que abrirei nvas portas em 2011, quero reciclar, desapegar.. limpar gavetas, armarios, quero coisas novas, quero me libertar do que eu já fui. Obrigada pela companhia! Ele continua aqui por enquanto, como arquivo.

Acho que sou grossa muitas vezes, e não sincera, falo sem pensar, e outras vezes menos sincera do que eu deveria ou gostaria, mesmo sem ser grossa.. procurando minha medida, procurando onde eu caibo. Tão difícil caber, sem ser de menos ou de mais.. e será que tem graça a neutralidade? Ainda não sei nada, quem sabe eu volte pra dizer algo sinceramente ou pra ser meio grossa.. quem sabe::??

Por hora eu vou embora, e até quem sabe um dia????

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

sincera

Me questionei se sou realmente sincera. Penso vez em quando que pode ser que eu não diga realmente o que penso ou gostaria de dizer, ou pelo menos do jeito que eu queria dizer. Porque tem coisas que não posso dizer/escrever. Porque tenho pensamentos que tenho vergonha até de pensar.

Eu tenho medo de invasão, de crítica, tenho um ego frágil, qualquer comentário de uma pessoa qualquer, por menos que eu dê credibilidade, eu me incomodo. É a mais pura verdade. Eu preciso de aprovação. Ei! você ai! me aprova? Diz que eu sou inteligente, engraçada, sagaz, linda e gostosa. Embora eu saiba de tudo isso (rá!) eu preciso que você me diga, como se fosse uma autenticação, uma licença pra eu poder acreditar realmente no que eu já acreditava. Dá pra entender isso??

Você aí que pensa que a Carol fala com propriedade, que ela sempre tem argumentos, saiba, eu me esforço pra isso, como se se eu alguma vez calar minha boca fosse parecer sem personalidade, ou opinião, como se o Mundo precisasse saber o que eu penso, ou acho que penso, porque além de tudo sou uma metamorfose ambulante. Mas essa parte eu assumo, e não me envergonho.. se você me convencer (o que é relativamente difícil) você ganhou uma defensora da sua causa, que irá até o fim, ou até que outro a convença de que sua ideia é melhor.

Pra mim é difícil pensar antes de agir, sou explosiva, inconsequente as vezes eu poderia.. e por que raios eu to falando tudo isso?

Porque eu preciso que alguém veja, porque eu preciso ler isso uma hora, porque esse é meu blog e não me irrita! pronto!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

olha eu aqui de novo

Faz tempo, né? Pois sim.. agora tenho o a menina que roubava picles pra atualizar...

Mas vim aqui falar de mim, de algo perturbador que me assola desde os primórdios até hoje em dia (/Homem primata)... eu me deixo abater. Por qualquer coisicula, por uma cabeça de alfinete.

Um saco, diria eu, qualquer coisa boba afeta meu humor.. sou capaz de remoer o assunto que me causou o incomodo por horas, dias, e quiçá semanas. Eu sou assim! que horror! vivo a dizer que nós é que deixamos os outros nos afetar e bla bla bla e não pratico o deixar pra lá comigo mesma!!

Eu quero sublimar os comentários alheios, deixar tudo entrar por um ouvido e sair pelo outro, mas quando me vejo já to resmungando, reclamando, blasfemando, desabafando toda minha ira, revolta ou seja lá o que for.

O que fazer? Ainda não sei, mas admitir já é um grande passo.. e ultimamente tem me afetado mais ainda esse lance. Pablitos é um que me tira do sério sem esforço..

aí eu penso as vezes que devia largar tudo e seguir a música... e aí concluo que sou realmente surtada

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Insatisfação crônica*

Ela vivia na masmorra. Ela não aguentava mais aquela casa, aquela vida, aquela família torta, cheia de problemas inconcebíveis. Ela sofria muito com tudo aquilo, até que um dia apareceu um príncipe e a levou para o seu castelo, e ela pensou que agora sim realmente seria feliz.
Mas seu passado a atormentava em todas as áreas de sua vida. Ela vivia presa, encarcerada naqueles vícios antigos, naquele modelo de relacionamento que ela conhecia. Como saberia ser feliz se tudo que ela sabia era como não ser?
Ela seguiu, teve filhos, e tenta. Mas a verdade é que ela ainda vive na masmorra. Ela não agüenta mais aquela casa, aquela vida, o marido, nem sabe mais se queria ter tido filhos. Aquela era a vida que sonhara? Agora ela já tinha 40 anos, o tempo havia acabado pra ela. A masmorra sempre ali, impedindo o otimismo, a satisfação.
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Ela vivia reclamando dos namorados. Ninguém era suficiente pra ela. Todo mundo fazia tudo errado e ela era a pobre coitada sofredora. Ela cobrava deles tudo que queria, como se só daquele jeito pudesse ser, como se ela pudesse dominar e controlar todos os passos, horários, vontades, tudo!
Se ele dissesse ligo 22h e ligasse 22h15, pronto! Ela não ligava, esperava o coitado ligar pra fazer o maior dramalhão. Isso quando não desligava o telefone e deixava o moço ligando desesperadamente. Castigava sempre os homens desobedientes.
Agora achou uma pessoa que faz tudo certinho, do jeito que ela gosta. Finalmente e surpreendentemente, penso eu, alguém compatível! Agora sim, vai dar tudo certo. Ela ainda pensa no ex que ela vivia falando mal, ainda pensa se não quer voltar pra ele pra ser um pouco mais infeliz. Masoquismo puro!
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A outra namorou anos e anos, disse que era o homem da vida dela, que não casaria com mais ninguém. Terminaram, ela comeu o pão que o diabo amassou, achou que a vida tinha acabado.
E quando ela já estava desistindo do príncipe, eis que ele aparece e a convida pra dançar. E ela se apaixonou de novo e vive a dizer por aí que ele é o amor da vida dela e que ela casaria com ele.
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*O título foi retirado do filme Vicky Cristina Barcelona, proferido em espanhol por Penélope Cruz. E eu concordo. Mulher é bicho insatisfeito mesmo!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A pedra

Li um monte de artigos sobre os motivos que nos levam a ter pedras na vesícula. O médico disse que é um erro genético, culpa de mamãe. O Google me disse que são grânulos de acúmulo de colesterol e gordura que se juntam e solidificam. Enfim, o fato é que nosso corpo pode ser uma mina. Dá pra ter pedras no rim também. Calcificações e fibroses e afins. Coisa louca.

Filosofando a respeito penso na poeira que guardamos. Resquícios de um passado não esquecido. Coisas que não falamos, amarguras por coisas ditas e ouvidas, medos, certezas massacradas pela vida que adora nos dar tapas na cara. Tudo isso gera poeiras no nosso cérebro, no nosso interior, coisinhas que podem se juntar e formar uma pedra! E aí ela se aloja em algum canto e espera que alguém a perceba por lá.

Ela vai incomodando, aquela angústia, aquele não sei o quê que tira seu sono. Depois de um tempo ela dói, e aí vem a reflexão. Por que raios tá doendo? O que dói? E começamos a nos indagar algumas coisas, a nos perdoar por outras. Temos recursos para parar de se culpar. Eu era jovem demais, imatura demais, ingênua demais. Ora, esqueçamos isso tudo, passou. E agora aquela pedra tem que sair, ela já não serve. Então soa o alarme. Inchaço, dores constantes, emergência!

Pronto, que leveza. Passou! A pedra foi embora, mora agora num potinho lá de casa. Agora durmo noites inteiras, não dói mais. Ainda incomoda um pouco, afinal, estou me readaptando. Perdi umas coisas nesse caminho. Poeiras, pedras. Preciso viver sem elas, reaprender a seguir sem aquilo que mesmo incomodando, pertencia a mim! Preciso agora cuidar para que mais poeiras não se amontoem por aí....

A pedra filosofal.... (/Harry Potter)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu juro que é melhor não ser um normal

Fiz 30, tirei a vesícula, caros leitores, isso mesmo. Alta? No dia do meu aniversário. Telefonemas respondidos pela grogue que nem lembra quem ligou e o que disse. 30 anos aérea, passou quase sem eu perceber. No espelho, ainda com 23.

Dores, quilos a menos, a melhor parte da jornada. Carinho do amado também, um alento nesse tédio instalado até segunda ordem médica.

Comemoramos sim, festa boa, pessoas queridas, gamhei um livro, Doidas e santas, Martha Medeiros. Comecei a leitura, pensando. Ela fala do que é normal, que pode até para alguns parecer meio louco, para os que tentam a qualquer custo se enquadrar. No que? Qual a regra? Não existe nada. Nesse ano que passou eu aprendi muito a aceitar o que eu sou, do jeito que eu sou mesmo, sabe? A gente vive a vida querendo ser aceito, quando na verdade a autoaceitação (é assim pasquale:?) é o caminho.

A viagem é longa, e é interna, nosso Mundo mora na nossa cabeça mesmo, e é normal ficar triste, eufórica, ser solteira ou casada, com ou sem filhos, rico ou pobre. Tudo é normal dentro da normalidade de cada um, dos limites de cada ser. No encontro dos nossos mundos procuramos reflexo, algum mundo que pareça um pouco o nosso.

Loucura mesmo é achar que é normal. Quem disse o que é certo? Onde escreveram? Viver mentiras, aparências, fingir que está tudo bem, gritando por dentro, se angustiando. Isso sim é loucura. Fingir que está tudo bem e rasgar a alma. Os ecos dos nossos gritos só nós mesmos podemos ouvir.

30 anos, sem vesícula. Que loucura isso! Uma semana internada, inferno astral, uns me disseram, outros que foi o "tira zica". E aqui estou eu com dores musculares, pontos e uma pedra num potinho, com 30 anos... que loucura!!!